A dor não é um simples sintoma

Dor aguda, crônica, cefaléia, lombalgia, fibromialgia, dores orofaciais deixam qualquer um de nós atordoados. A dor é uma condição de saúde comum e uma das principais causas de procura pelos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS).
Mas, infelizmente, a dor não é um simples sintoma, não é mesmo? Pacientes com queixas de dor são, com grande frequência, motivo de dificuldades clínicas em várias áreas, desde seu diagnóstico até seu tratamento multidisciplinar.
Em geral, a palavra dor tem múltiplos sentidos, porém, sempre está relacionada a sofrimento. Nela encontram-se agregadas diversas dimensões, desde a sensitiva, passando pela afetiva, chegando à social e até mesmo à dimensão espiritual.

A dor é multidimensional!

Então, como avaliar um paciente com dor? Sem dúvida, o profissional de saúde precisa estar bem preparado para entender esse “universo interior” do paciente com dor. O tratamento convencional comumente realizado envolve o uso de medicamentos e cirurgias, entretanto, nas últimas décadas recursos terapêuticos como exercício físico e Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) vêm sendo cada vez mais recomendados por entidades de saúde e respaldadas por evidências científicas.
No Brasil, as PICS foram institucionalizadas e estão disponíveis no SUS desde 2006 sendo realizadas de forma multiprofissional pelos diversos profissionais da saúde com formação na área, seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Pesquisas clínicas e os Guidelines mais recentes mostram que PICS como Acupuntura, Meditação, Tai Chi, Qigong, Yoga e massagem são efetivas para o tratamento da dor lombar, fibromialgia e outras dores de origem osteomuscular.
Na diretriz clínica da American College of Physicians, a acupuntura e a meditação Mindfulness para redução do estresse são fortemente recomendadas como primeira linha de tratamento na dor lombar crônica, juntamente com os exercícios físicos e a reabilitação multidisciplinar.
Para o tratamento do indivíduo com fibromialgia, a European League Against Rheumatism (EULAR) recomenda a realização de exercícios aeróbicos e de fortalecimento, Acupuntura, Qigong, Yoga, Tai Chi, meditação Mindfulness, dentre outros. Em indivíduos com osteoartrite de joelho, o The Ottawa Panel Clinical Practice Guidelines recomenda práticas corporais como Yoga, Tai Chi e Qigong para melhora da dor, da função física e da qualidade de vida dos pacientes.
Além de algumas PICS possuírem resultados semelhantes, e até superiores, quando comparadas aos medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos para o manejo da dor, elas também são consideradas mais seguras.
Dessa forma, a inclusão das PICS nos programas terapêuticos dos pacientes com dor pode contribuir para a melhora da resolubilidade dos serviços e custo-efetividade dos sistemas de saúde. Assim, se você possui algum tipo de dor mas ainda não experimentou ser cuidado pelas PICS, conheça A Grande Roda e você verá que é possível viver sem dor, afinal o pulso da vida deve pulsar sem dor!
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Fonte do texto:
redepicsbrasil.com.br
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sbed.org.br